domingo, 8 de janeiro de 2012

Rebanho incomoda moradores na Amoreira.


Um rebanho que pernoita ilegalmente debaixo do viaduto do IP6, na Amoreira está a incomodar os moradores daquela localidade. A denúncia é feita pelos moradores do Rego Travesso, que se queixam do cheiro nauseabundo além do facto de estar a ser ocupado ilegalmente um local que é propriedade das Estradas de Portugal.

 “As crianças não podem brincar na rua devido a esta situação, e todos os espaços envolventes, incluindo estradas municipais, encontram-se cobertas de dejectos”, referem os moradores. Existem ainda relatos de casos de animais que morrem e ficam abandonados no local, até que após alguns dias “alguém se lembre de lhes dar outro destino”.

 De acordo com os moradores esta situação remonta a finais de 2010 e existem cada vez mais animais neste rebanho. Já foi dado conhecimento desta situação à Junta de Freguesia da Amoreira, que enviou aos moradores a legislação em vigor, assim como a outras entidades como a ASAE, Estradas de Portugal, Câmara de Óbidos e forças policiais.

 O assunto também já foi levado a reuniões de Câmara pelo vereador socialista José Machado, que se referiu ao caso como um problema social e de saúde pública.

 Na reunião de 23 de Março de 2011, José Machado alertou também para as “condições deploráveis” em que vive o pastor que toma conta dos animais, a mando do patrão, e que não possui “em seu poder qualquer documento que comprove a sua identidade”. Para além disso, “consta que o trabalho deste pastor apenas tem como contrapartida comida e tabaco, o que configura uma situação de escravidão inadmissível em Portugal nos dias de hoje”.

 O autarca declarou ainda na altura lamentar o contraste entre excesso de zelo, por vezes, de algumas autoridades face a cidadãos genericamente cumpridores e que haja uma “tão grande permissividade com a situação do dono do rebanho, pessoa conhecidamente agressiva e ameaçadora”.

A  Gazeta das Caldas contactou o destacamento territorial da GNR que informou que tem conhecimento desta situação desde 9 de Dezembro de 2010, altura em que foi feita uma denúncia no posto de Óbidos.

 De acordo com a responsável por este destacamento, o assunto está a ser acompanhado, aguardando a GNR novos dados das entidades intervenientes.
in Gazeta das Caldas.

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