quarta-feira, 24 de março de 2010

Para nos mantermos sempre jovens temos de abrir o coração e a mente.


Afinal o que é ser-se velho? É ter rugas e cabelos brancos ou não ser capaz de evoluir? É que para permanecer psicologicamente jovem as operações de estética e o ginásio ajudam pouco.

Há pessoas que, graças a tratamentos hormonais, ginástica, cirurgia estética, maquilhagem e moda, continuam a parecer jovens, mesmo tendo 70 anos. E alguns também são jovens no seu interior. Já outros têm um interior envelhecido. Que significa exactamente ser jovem ou ser velho? Os jovens lembram--nos animais juvenis: crias fofas, flexíveis, brincalhonas.

Na criança vemos vivacidade, frescura e espanto. Para nós, os jovens têm muita energia, são rápidos, animados e recuperam rapidamente as forças. No plano mental, são curiosos, fazem experiências, aprendem rapidamente, acreditam no futuro, adaptam-se às várias circunstâncias, pensam para além dos esquemas existentes e são criativos, construtivos. Nos velhos, todas estas características se tornam mais rígidas. Mas será mesmo assim? Serão mesmo assim todos os jovens que conhecemos? Não. Muitos são pessoas de hábitos, seguem passivamente as modas, as orientações do grupo, perdem tempo com jogos parvos. Outros são preguiçosos, não lêem, não estudam, não conseguem concentrar-se, não acreditam no futuro, não sabem definir nem seguir metas. Portanto as qualidades que descrevemos como sendo típicas da juventude estão presentes em algumas pessoas excepcionais com uma grande inteligência, abertura mental, capacidade de criar e de renovação contínua.

Goethe, Freud, Marie Curie, Simone de Beauvoir, Verdi, Puccini, Charlie Chaplin permaneceram sempre jovens. Mas não é essencial possuir o génio deles para permanecer jovem. Basta cultivar as nossas qualidades humanas. Há muitas pessoas que ficam psicologicamente velhas com trinta anos porque se encerram em hábitos, preconceitos e horizontes ideológicos, não aceitando o que é novo ou diferente.

Controlam as emoções, não enfrentam novos problemas, tornam-se rígidas e repetitivas. E se graças à ginástica, às dietas, à cirurgia estética conseguem parecer fisicamente jovens, quando começam a falar percebemos que são iguais ao que eram no passado.

Velho é quem não evolui. Para permanecer psicologicamente jovem, o exercício e as operações estéticas servem de pouco. É preciso um coração e uma mente abertos, aceitar a humanidade em todas as suas formas, observar, estudar o que é novo, tentar compreendê-lo, não seguir a manada, não seguir as modas, não se deixar arrastar pela corrente, pensar pela própria cabeça, viver as emoções, procurar o que é intenso e essencial e rejeitar o resto.

Francesco Alberoni in Jornal I
Sociólogo, escritor e jornalista

segunda-feira, 22 de março de 2010

Arquipélago das Berlengas na lista dos 21 finalistas em votação.


O “Arquipélago das Berlengas” foi designado como um dos 21 finalistas concorrentes à eleição das “7 Maravilhas Naturais de Portugal”. Inserido na categoria das Zonas Marinhas, concorrem juntamente com o Arquipélago das Berlengas, a Ponta de Sagres e a Ria Formosa.

Os 21 locais finalistas, 3 por cada uma das 7 categorias que representam a paisagística de Portugal (1 – Zonas Marinhas, 2 – Grutas e Cavernas, 3 – Praias e Falésias, 4 – Florestas e Matas, 5 – Grandes Relevos, 6 – Áreas Protegidas, 7 – Áreas Aquáticas Não Marinhas), foram eleitos por painel de notáveis e estão em votação pública entre 7 de Março e 7 de Setembro.

Para votar no Arquipélago das Berlengas, poderá fazê-lo por telefone: 760302 713 (custo: € 0,60+IVA), por SMS: Destinatário – 68933 Mensagem: 713 (Custo: € 0,50 IVA incluído) e pela Internet: www.7maravilhas.sapo.pt/#/pt/finalista.

O Arquipélago das Berlengas é formado por um conjunto de ilhas e recifes costeiros situado ao largo de Peniche na plataforma continental Portuguesa, distribuídos por três grupos: Ilha da Berlenga e recifes associados, Farilhões e Estelas. As ilhas de maior dimensão atingem uma altura de cerca de 90 m, mas os restantes ilhéus e rochedos são de pequenas dimensões, por vezes apenas aflorando a superfície do mar.

Dadas as características únicas das Berlengas, nomeadamente a geografia e o clima, conduziram à especialização de três endemismos florísticos. Assim, destacam-se, pelo enorme valor conservacionista, as espécies endémicas Armeria berlengensis, Herniaria lusitanica subsp. berlengiana e Pulicaria microcephala. É reconhecido que a flora marinha do arquipélago das Berlengas tem elevado interesse biológico. Observações recentes indicam que existem nas Berlengas numerosas espécies descritas pela primeira vez para a Península Ibérica, nomeadamente de espécies que só se encontram referenciadas para o Mediterrâneo.

Nas Berlengas estão referenciadas 76 espécies de peixes, fazendo parte deste grupo pequenos pelágicos como sardinha, sarda, cavala e carapau, que são as espécies mais importantes capturadas pela arte de cerco da frota pesqueira de Peniche. É de referir também a existência, do congro, e de algumas espécies de raias, que merecem destaque pois são também outros recursos pesqueiros desembarcados localmente. A família mais numerosa em termos de espécies engloba os Esparídeos, com 11 espécies. Fazem parte deste grupo, espécies comercialmente importantes como sargos, pargos e a dourada, entre outros. Em termos emblemáticos, é de referir a ocorrência nas Berlengas do mero Epinephelus marginatus.

A avifauna das Berlengas é relevante sobretudo pelas aves marinhas. De facto, e além da grande diversidade observável nas águas circundantes, o arquipélago é um importante local de nidificação, havendo registos de 7 espécies: gaivota-de-patas-amarela, gaivota-d’asa escura, gaivota-tridáctila, corvo-marinho-de-crista, cagarra, airo e roquinho.

No arquipélago das Berlengas são reconhecidos diversos habitats importantes para a conservação da biodiversidade e constantes na Directiva Habitats (Directiva 92/43/CEE). Merecem especial distinção os recifes (1170), de origem rochosa, e as grutas marinhas submersas ou semi-submersas (8330), onde vivem comunidades bentónicas vegetais e animais e onde ocorrem comunidades não bentónicas associadas em apreciável estado de conservação. As falésias costeiras expostas aos fortes ventos marítimos assumem particular importância, possibilitando a existência de vegetação de fendas mais ou menos terrosas, própria de rochedos graníticos litorais (1230) representando um habitat que em Portugal apenas se encontra num outro local.

A importância das Berlengas enquanto ecossistema insular, o valor biológico da área marinha envolvente, o elevado interesse botânico, o seu papel enquanto habitat de nidificação e local de passagem migratória de avifauna marinha e a presença de interessante património arqueológico subaquático contribuíram para que em Setembro de 1981 o arquipélago fosse classificado como Reserva Natural. O valor e importância desta área para a conservação da biodiversidade a nível europeu foram posteriormente reconhecidos ao ser classificada como Zona de Protecção Especial para Aves Selvagens (Directiva n.º 79/409/CEE) e integrada na Rede Natura 2000. Em 2009, o Município de Peniche submeteu junto da UNESCO a candidatura das Berlengas a Reserva da Biosfera.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Óbidos na boca do mundo. A razão? O chocolate.


Decorrerá até ao próximo dia 14 o Festival Internacional de Chocolate. O investimento local é de 300 mil euros. São esperados 200 mil visitantes.

Está farto da chuva, sente-se deprimido, em baixo de forma e a precisar de calorias, então porque não um pouco de chocolate. Sim chocolate. É um aliado do coração, recupera a forma física e mental e sobretudo faz disparar a molécula da felicidade e do prazer, se acreditarmos em alguns cientistas. E apesar da crise este é um sonho que não é difícil tornar realidade. Se estiver em Lisboa, a felicidade está apenas uma hora e meia, se for de carro, e do Porto são só duas horas. Esta é a distância do mais doce evento do Pais.

Começa hoje a 8ª edição do Festival Internacional do Chocolate e estará patente na histórica cidade de Óbidos até ao próximo dia 14. E à semelhança das edições passadas são esperados 200 mil visitantes. Um investimento de 300 mil euros que este ano conta com "muitas novidades", como refere José Parreira, administrador da Óbidos Patrimonium, que aposta no ‘Cake Design' e conta o patrocínio de uma marca conhecida do mundo do ‘gourmet' e da restauração - a francesa Valrhona.

"Estamos a patrocinar este evento porque queremos apresentar os nossos produtos ao consumidor português", diz Patrick Mignot, responsável da entidade em Portugal. Sobre o valor deste patrocínio, "não o podemos revelar mas adianto que não se trata de dinheiro, mas sim de cultura", garante Gérard Hugon, presidente-executivo da marca de chocolates Valrhona.

Mafalda de Avelar / DE

quarta-feira, 3 de março de 2010

Os Jogos Santa Casa e a 3ª viagem de circum-navegação do navio-escola Sagres



Os Jogos Santa Casa (JSC) apoiam a 3ª viagem de circum-navegação do navio-escola Sagres, que teve início a 19 de Janeiro e se concluirá onze meses depois, a 23 de Dezembro de 2010. Nesta viagem de 339 dias pelo mundo, o Sagres, verdadeira embaixada do país, vai dobrar no final de Março o emblemático Cabo Horn, abaixo do Estreito de Magalhães, participará nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades a 10 de Junho, em San Diego, cidade onde reside uma importante comunidade portuguesa, e vai ancorar em Xangai no decurso da Exposição Internacional, entre tantos e tantos outros portos e acontecimentos. Estamos perante uma viagem em que a coragem, a perícia portuguesa e a sorte nos desafiam. É a partilha destes valores comuns que leva os JSC a associar-se à viagem de circum-navegação do Sagres e a tudo o que esta representa e simboliza. Com efeito, não é simplesmente possível falar do Sagres sem evocar o nosso passado ímpar, a gesta dos Descobrimentos quinhentistas, aliás contemporâneos da fundação da própria Misericórdia de Lisboa, em 1498, pela rainha D. Leonor.

Para assinalar esta iniciativa, os Jogos Santa Casa promoveram o lançamento de uma campanha de comunicação específica cujo conceito procura, assim, projectar o nosso passado colectivo no futuro e que, para tal, faz uso de um antigo dizer: Audaces Fortuna Iuvat “A Sorte protege os Audazes” é o claim desta nova campanha de marca, que teve início no dia 12 de Janeiro nos principais meios de comunicação – televisão, imprensa, outdoor e rádio. Contudo, o apoio dos JSC não se esgotará nesta campanha. Através das redes sociais – blogue, Facebook, Twitter, YouTube e Flickr – será possível acompanhar a par e passo a viagem do Sagres e os seus protagonistas.

Ao longo de todo o ano de 2010 e mantendo sempre presente o espírito desta acção integrada de comunicação, os JSC irão também realizar diversas campanhas e acções promocionais sobre a viagem, transversais ao Euromilhões, Joker e lotarias, com conceito adequado ao posicionamento de cada produto. Por último, o Joker será o tripulante dos JSC a bordo do Sagres, levando a sorte a todas as paragens. Ao longo desta viagem, e para os que ficam em terra, serão criados diversos passatempos e promoções on-line, cujo desafio passará por descobrir “Onde está o Joker?”.

Aposte nos Jogos Santa Casa e habilite-se a uma maravilhosa viagem a bordo do Navio Escola Sagres.

Lembre-se sempre: Jogos Santa Casa - Uma Boa Aposta.