quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Lição de humildade.



Na Bósnia a Selecção Portuguesa deu uma lição de humildade, e demonstrou que não é com assobios e insultos á chegada ao aeroporto que se vence jogos, que não é com o desrespeitar o hino da selecção adversária que se vence jogos, que não é com o atirar de objectos aos jogadores e equipa de arbitragem que se vence jogos, contra tudo isto e ainda um relvado que parecia um campo de batatas, a selecção portuguesa conseguiu o tão ansiado lugar para disputar o Mundial 2010 que se realizará na África do Sul.

Parabéns aos jogadores, à equipa técnica e a todos aqueles que acreditaram neste colectivo. Pela frente temos o Cabo das Tormentas. Mas quem passou por esta fase, tão difícil, já de nada tem medo, nem sequer do gigante Adamastor.

Somos um povo de navegadores, somos um povo de conquistadores.

FORÇA PORTUGAL

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A história da mina da Amoreira.


Um antigo local de abastecimento de água na aldeia da Amoreira, em Óbidos, conhecido popularmente por “mina”, é um exemplo bastante curioso que tem recentemente merecido atenção. Para muitos constitui um desafio e um enigma para explicar as suas origens. O certo é que esta estrutura não passa despercebida. Da primeira vez que a observei fiquei curioso em descobrir alguns pormenores que me pudessem revelar informação acerca da sua idade e do seu contexto. Existe algum padrão de construção que permita revelar esta informação?
Embora se utilize o termo “mina”, a estrutura de abastecimento, possuindo uma construção abobadada peculiar com pequenas frestas horizontais, beneficia de um fornecimento de água vindo do exterior. À entrada, uma pequena porta conduz-nos, através de um corredor, para o interior circular que serve do local de abastecimento. O mesmo revela alguma informação adicional sobre a actual função do imóvel. Mas terá sido essa a sua função original? Será que existem construções idênticas no concelho que explicam a sua existência tendo em conta a sua dimensão e a sua arquitectura?

No concelho onde encontramos uma variedade de construções de captação e de abastecimento de água, podemos destacar a sua presença como única no meio de tantas construções rudimentares, de feição popular, aproximando-a, no entanto, de modelos nobres visíveis nas quintas históricas locais. A sua construção continua a ser enigmática para um conceito de reservatório que veio a ser representado sob uma forma emblemática e invulgar. É continuador de uma tradição de reservatórios de água que eram erguidos neste concelho no período anterior, embora não tenham possuído esta tipologia exacta.

A resposta a essas perguntas é bastante complexa, mas baseado em pesquisas e no conhecimento adquirido ao longo destes anos de trabalhos de campo em prol do património rural, podemos revelar alguma informação, que não será totalmente especulativa. Conduzir-nos-á a uma possível explicação acerca da época da sua construção e do seu contexto.

Uma referência curiosa na obra Memórias Históricas e diferentes apontamentos, à acerca das antiguidades de Óbidos (Reimpressão, Imprensa Nacional Casa da Moeda/Câmara Municipal de Óbidos, 2001) pode explicar o porquê da sua arquitectura circular.

Fala-se de uma iniciativa de erguer uma ermida. Lê-se o seguinte: «Deram princípio a uma grande ermida, que se vê começada com grandeza, porém não passou dos alicerces; é de figura redonda». Esta informação permite inferir que o reservatório que existe na actualidade muito possivelmente terá começado originalmente para ser uma ermida, tendo sido convertida e acabada, já no século XIX, como um local de abastecimento de água. Esta função original nunca chegou a ser concretizada, dado à decadência da aristocracia local que originou no abandono do seu património e na divisão das grandes propriedades. Ainda hoje a aldeia da Amoreira orgulhosamente testemunha alguns vestígios da aristocracia obidense, principalmente ligada à família Sá e Mello, que tem um capítulo próprio na história da região.

A confirmar e fundamentar esta hipótese, temos em consideração que o século XVII marca a fase de construções de pequenas ermidas e oratórios de plano circular, inserida no ciclo barroco em Portugal. Existem vários casos, a nível nacional, das ermidas que se aproximam da tipologia da Amoreira. O concelho de Óbidos terá sido um local importante para a implantação da ideologia cristã no período barroco através de criação de novos locais de culto, especialmente sob o patrocínio da nobreza local.

Este caso concreto não iria ser o único no concelho. Em termos etnográficos, esta associação da ideia do reservatório e da ermida evocam a própria sacralidade da água.

Associados à água, encontramos, em Óbidos, vários aspectos que definem a identidade do rural obidense, principalmente na religião, nos hábitos sociais e culturais (práticas e superstições), no folclore, na tradição literária e oral (poesias e lendas) e na exploração territorial (topónimos locais).

O interior deste imóvel, igualmente, revela alguns dados interessantes.

Assumindo que tenha sido convertido num reservatório de água, baseado nos depoimentos recolhidos de habitantes locais, que confirmam a presença de um “aqueduto” subterrâneo que conduz água de uma nascente para o seu interior, podemos excluir a hipótese que este seja um local da nascente propriamente dito. Exclui-se, igualmente, a possibilidade de ser um poço vertical ou uma fonte horizontal. Ou seja, confirma-se a hipótese que o espaço tenha sido utilizado para abastecer água de um local próximo, não sendo, porém, esta a função original que ordenou a sua construção.

Há um registo curioso, a lápis, na parede do seu corredor que refere ao reservatório como uma «nascente terminal», ou seja, ele é o ponto final do sistema de captação de uma nascente. Segundo a informação revelada por antigos trabalhadores que estiveram envolvidos no seu abastecimento de água, através de depoimentos e registos cronológicos que deixaram marcados, este reservatório levava entre 45 a 90 segundos a encher 20 litros de água (segundo as análises realizadas ao longo do século XX). Surge uma data posterior de 1882 (?) rabiscada no reboco da parede, muito provavelmente referente à data de construção do corredor ou da reconversão do imóvel a partir da sua função original.

Seja qual for a conclusão final, este local é digno de ser preservado e estudado como um caso interessante referente à época e ao contexto em que foi erguido.

Igualmente, se destaca a sua presença arquitectónica e histórica como símbolo do património de água. Serei muito feliz e satisfeito caso esta hipótese venha a ser contestada, em interesse do conhecimento. Será igualmente um momento de orgulho caso alguém se manifeste o interesse em continuar a investigar sobre esta estrutura enigmática.

Saikiran Datta

Investigador

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

SOLIDARIO FOREVER.


“Ao melhor de todos nós, que sempre soube defender com tudo o que tinha e não tinha, o nome deste grande clube, contra tudo e contra todos, deixando sempre para segundo plano o que era melhor para si, em nome de um objectivo maior, o meu até breve...
Sem orçamento, com um plantel de "meninas vaidosas" e "caprichosas" que nunca levantaram o nariz para olhar além dos seus umbigos, e quando o fizeram, foi para olhar ao espelho e dar um último retoque no penteado, porque está na hora do jogo e tem de se estar bonito...enfim...as "princesas" não estão motivadas, porque ganhar milhares, quando largas centenas de milhares estão desempregados, não motiva...trabalhar 90 minutos diários (sem contar com as lesões/birra) e ter uma vida de lord...não motiva...vestir de verde e branco, não motiva, os adeptos não motivam, o treinador-guerreiro que nunca trespassou a responsabilidade não motiva...são todos uns Cristianos Ronaldos que merecem estar no Manchester ou no Real, e o Sporting é pequeno demais...Conseguiram levar o homem ao cúmulo do sustentável, bando de mente-captos, com essas associações indignas de envergar no titulo o nome do Sporting, com essas criticas de ditos entendidos que matam tudo o que não veste de vermelho, com esses lenços brancos traidores que levaram para o estádio, recheados de frustração pessoal, com essa falta de 2 dedos de testa para perceber que ninguém reflecte melhor o que são os valores do Sporting, do que este guerreiro que não virou as costas a batalha nenhuma em nome de um clube que defendeu quase com a vida...sim senhor, Sr. Presidente, muita coragem na hora de demonstrar carácter, o meu aplauso e tiro-lhe o chapéu...foi realmente uma surpresa, abandonar o PB na hora que mais precisou, e covardemente aceitar a demissão que não pediu, mas que desejou...fraco de espírito, 4ever? 4 ever vamos andar nesta roda-viva de treinadores que não tem 1/100 do valor que Paulo Bento tem, nem sentem o Sporting como ele o sente...mas enfim, os intocáveis meninos inocentes são umas vitimas da tirania do Sr. que não lhes fazia a vontade...e Sr. Presidente é um leão a lutar pelo que acredita, o Paulo Bento estava a mais...neste mundo onde não existem valores nem princípios, estava sim senhor, e você deixou sair o melhor de todos nós...malditos sejam todos...NUNCA MAIS ponho um pé em Alvalade, e eu cumpro as minhas promessas, porque se eu soubesse que o PB era para ser abandonado assim que as coisas ficassem feias, não teria votado em si...a imagem de marca do verdadeiro espírito sportinguista foi abandonado...e agora? E agora não quero saber...Tenha noção Sr. Presidente...traga o Paulo Bento para casa...”