quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Em Honra de Nossa Senhora de Aboboriz Festa na Amoreira!


Decorre na Amoreira, Óbidos, de 30 de agosto a 3 de setembro de 2012, a festa em Honra de Nossa Senhora de Aboboriz.
 A organização preparou para os cinco dias dos festejos um vasto programa de animação, desde os habituais bailes, passando por provas desportivas, festa religiosa entre outras iniciativas.

Programa completo:

Quinta-feira, 30 de agosto
09h00 – Alvorada
18h00 – Futebol entre solteiros e casados
22h30 – Atuação do grupo “Soritmo”

 Sexta-feira, dia 31 de agosto
22h30 – Baile com o conjunto “Kontacto”
00h30 – Atuação do artista “Ruizinho de Penacova”

Sábado, dia 1 de setembro
16h00 – Vacada
22h30 – Baile com o grupo “Nautilus”

Domingo, dia 2 de setembro
 09h30 – Peditório acompanhado da banda da União Filarmónica de A-da-Gorda (UFA)
15h00 – Missa seguida de Procissão
18h00 – Concerto pela banda da UFA
22h30 – Atuação do conjunto “Os Lord´s”

Segunda-feira, dia 3 de setembro
 “Rapioca” em honra de José Ivo.

O Dj “Christophe” atua na sexta-feira e no sábado, depois da realização dos bailes. O arraial conta com serviço de quermesse, bar e restaurante.

Venha até á Amoreira e divirta-se!

domingo, 26 de agosto de 2012

Depois logo se vê!


De muitas coisas se pode acusar este Governo, mas não de falta de criatividade ou de capacidade para surpreender.
Desta feita tivemos a novidade de assistir a um consultor do Governo a dar uma entrevista a um canal de televisão, em horário nobre, para nos explicar em que pé andam as privatizações. Ou seja, sobre um assunto importantíssimo para o País, convenhamos que as privatizações da TAP, ANA ou RTP não são propriamente temas de lana caprina, em vez de termos um ministro ou mesmo o próprio primeiro-ministro a informar os portugueses (e, já agora, o CDS) dos respectivos processos, aparece António Borges. Mas, tentemos compreender, até se entende a ida de António Borges à TVI para informar os cidadãos sobre os dossiers em causa: o ministro da Economia não sabe e o ministro para a Comunicação Social não pode.
Santos Pereira anda perdido num ministério ingovernável e só aceitou ser ministro de semelhante monstro por não ter o mínimo de experiência governativa ou empresarial. Como a sua gritante falta de capacidade para um cargo destes ficou logo à vista de toda a gente, Passos Coelho tratou de lhe tirar as suas atribuições espalhando-as por este ou aquele ministro e por um sem-numero de comissões e comités. Pode lá ele falar sobre a TAP ou privatizações e ser levado a sério por quem quer que seja.
Miguel Relvas não pode aparecer sem que não lhe façam perguntas incómodas sobre licenciaturas, serviços secretos, mentiras em inquéritos parlamentares e tudo mais. A sua popularidade e credibilidade junto do cidadão comum faz com que qualquer proposta vinda da sua boca seja imediatamente repudiada. Relvas é um zombie político. Pode ser essencial para Passos Coelho, e, como muito boa gente diz, o único ministro que não tem medo de tomar decisões, mas politicamente acabou. Não podia ser ele a apresentar o que quer que fosse sobre a RTP.
Mas, seja como for, o Governo demonstrou uma falta de respeito gritante pelos portugueses quando enviou um consultor falar sobre o destino a dar a empresas tão importantes como a RTP e a TAP. Além disso, como se fosse pouco, mostrou outro mal bem mais profundo que este Executivo vem amiúde revelando: não havia planos nenhuns para assuntos vitais da governação e foi preciso arranjar uns senhores muito inteligentes para dizer o que fazer. Havia assim umas ideias coladas a cuspo, decoradas à pressa e sem o mínimo de reflexão.
Não, longe disso, não é o facto de os dois ministros teoricamente responsáveis pelos dossiers não poderem aparecer e terem de mandar um consultor que, na ignorância deles, pensam ser mais credível, é sobretudo nós percebermos que afinal não havia nenhuma ideia para a privatização da TAP, ou que ninguém tinha pensado verdadeiramente o que fazer com a RTP.
O caso da RTP é chocante: aquela patética comissão, as notícias plantadas nos jornais sobre possíveis compradores, fica com este canal, vende o outro ou fica com este e vende o outro, e agora esta coisa que Borges conseguiu apresentar aparentemente sem um pingo de vergonha. Uma revolucionária solução em que o Estado cede uma estação de televisão e garante um lucro chorudo ao feliz contemplado que é pago com os impostos de todos nós. Genial. Não, não é bem uma PPP, é, para o investidor privado, muito melhor. Este fica com uma companhia com mais de cinquenta anos de vida, com um enorme prestígio, com um património tangível e intangível único e ainda lhe garantem uma rentabilidade que fará roer as unhas de inveja um qualquer concessionário de auto-estradas.
É evidente que esta vergonha cairá no caixote do lixo das ideias, junto do fim da TSU e outras, que o Governo manda "cá para fora" para serem testadas. A comunidade ainda não está suficientemente adormecida para deixar passar uma coisa destas. Todo este processo é dum experimentalismo bacoco, duma falta de sentido de Estado, duma evidente impreparação, que assusta o mais crente nas qualidades deste Governo. Onde estão afinal as milhares de páginas de planos? As contribuições dos diversos grupos de trabalho? As ideias sólidas sobre o que fazer com a televisão pública? Eram precisos consultores para mostrar que a privatização da RTP não valia um chavo?
António Borges prestou-se, mais uma vez, a um triste papel: o de mostrar que afinal Passos Coelho e a sua equipa não sabiam o que fazer em questões fulcrais e mentiram dizendo que sabiam. O drama é que ainda não sabem e não é só, infelizmente, no caso da RTP.

PEDRO MARQUES LOPES - DN


domingo, 19 de agosto de 2012

Mulher ganha 180 mil euros na raspadinha.


Bastaram três euros para que uma mulher, de cerca de 60 anos, ganhasse 180 mil euros na raspadinha Pé-de-Meia. A premiada, que comprou o seu bilhete no Barreiro, vai receber 1500 euros por mês, ao longo de dez anos.

A raspadinha Pé-de-Meia já deu mais de 36 milhões de euros em prémios, desde o seu lançamento, em Junho de 2011. Desta vez, o bilhete ‘dourado’ foi comprado na casa de jogos Jackpot, no Barreiro, e os proprietários não cabem de felicidade por terem dado mais um grande prémio.

"Estou muito feliz por dar mais um prémio elevado. A senhora até veio cá confirmar a autenticidade da raspadinha porque não queria acreditar.Estava realmente muito contente com os 180 mil euros. Não é uma cliente habitual, mas quando vem cá costuma jogar sempre", disse ao CM Eduardo Ameixa, dono da casa de jogos.

A raspadinha Pé-de-Meia já vai na sua quinta emissão, o que revela o sucesso deste jogo,explicou ao CM o departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Até agora os apostadores tinham à disposição dez raspadinhas, que custavam entre um a três euros. Contudo, soma-se uma nova raspadinha, que amanhã chega ao mercado, a Super Pé-de-Meia.
A custar cinco euros, este jogo terá um prémio de 288 mil euros, com o pagamento de dois mil euros por mês, durante doze anos.

Débora Carvalho - CM


sábado, 18 de agosto de 2012

As medalhas no desporto.


1 - Sempre que se realiza uma grande competição desportiva, europeia ou mundial, a opinião pública dos vários países pede triunfos, medalhas.

Em alguns lugares do mundo isso faz sentido.

O Estado assume políticas, promove investimentos, atribui bolsas e estágios, garante emprego e, assim sendo, os cidadãos, que tudo pagam, têm legitimidade para questionar os resultados e assumir posições exigentes.

Infelizmente, essa não é a realidade portuguesa.

O Estado tem sido incompetente para enquadrar o movimento associativo. Não aposta no desporto escolar como forma de descobrir jovens talentos. Descura as suas responsabilidades como tutela que deve estabelecer objetivos, definir políticas. Limita-se a atribuir uns subsídios e lava as mãos dos resultados. São, aliás, assim as chamadas elites de "decisores" nacionais: convicções, empenhamento e responsabilidade não é nada com eles. Estão sempre do lado da análise e empenhados no projeto seguinte. Incompetência, portanto.
No que aos responsáveis do desporto diz respeito, a regra tem sido o almoço e o jantar, o convite do senhor presidente e umas medalhas mediáticas. Zero!

2 - De quatro em quatro anos, por altura dos Jogos Olímpicos, a realidade fica à vista.
As poucas medalhas vêm do trabalho dos clubes, patrocinados pelas grandes empresas nacionais. De vez em quando há alguma federação que se destaca pelo bom trabalho, como agora acontece no remo e na canoagem, antes no judo (e igualmente no atletismo, que tem qualidade à escala europeia).
A grande realidade, no entanto, é que o desporto português, descontando o caso do cluster do futebol, tem dificuldade em competir ao mais alto nível porque o Estado, como os atletas que descendem das suas fracas políticas, apenas cumpre os mínimos. Antes não programa - atribui subsídios mediante compromissos elementares. E depois, hipocritamente, esquece os poucos homens e mulheres que no desporto conseguem ir além da vulgaridade. Não utiliza nem os seus conhecimentos nem a sua capacidade de mobilização da juventude. Carlos Lopes é o símbolo máximo desses campeões esquecidos. Infelizmente há mais.

3 - O caso português é tanto mais evidente quanto contrasta negativamente com a realidade da União Europeia, que em Londres voltou a creditar-se como o espaço mais evoluído do mundo em termos desportivos.
Os atletas da União Europeia conquistaram 92 medalhas de ouro, mais do que os Estados Unidos (46) e a China (38) juntos. No total, com prata e bronze, 306 medalhas, contra 104 dos Estados Unidos, 88 da China e 82 da Rússia. Mesmo descontando o facto de ter competido com mais atletas e mais equipas nos desportos coletivos, a União Europeia marca claramente a diferença e, nela, o desporto nacional acentua a sua mediocridade: a prata dos canoístas Fernando Pimenta e Emanuel Silva iguala Chipre e só deixa para trás a Áustria, Luxemburgo e Malta.

Neste contexto, os atletas nacionais devem ser, em vez de criticados, elogiados pelo que conseguem fazer. Competem com profissionais cuja elite trabalha descansada porque têm empregos garantidos para depois da alta competição, apoios certos, bolsas que permitem uma vida normal às famílias a que pertencem - ou, então, representam sociedades onde os patrocinadores não se dedicam apenas ao futebol.
Mais, enquanto não mudar a mentalidade dos governantes, não é sério exigir mais aos atletas portugueses em Jogos Olímpicos.

Tão estúpido quanto exigir medalhas à maioria dos nossos atletas é pedir aos bombeiros que apaguem todos os fogos com prontidão quando a nossa floresta é aquilo que se sabe, também fruto de falta de políticas adequadas e da devida responsabilização dos proprietários. Pode ser que a fúria reformista chegue um dia destes a estes sectores, quem sabe...?

JOÃO MARCELINO - DN

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Casal britânico vencedor do jackpot de 190 M€ quer viver «uma vida normal».


Adrian e Gillian Bayford, de Suffolk, no leste da Inglaterra, afirmaram que iriam dar aos filhos uma educação normal, revelando hoje as suas identidades, numa conferência de imprensa, e acrescentando que algum do dinheiro seria distribuido por amigos e familiares que os apoiaram nos primeiros anos do seu casamento.
 

Gillian Bayford, de 40 anos, disse que o casal tinha jogado no Euromilhões porque temia não receber o seu salário de assistente de cuidados de saúde num hospital.
 "Apostámos porque precisávamos de dinheiro", disse Gillian, adiantando que "todos temos feito um esforço financeiro por causa da recessão económica, e este mês estava extremamente apertado".
 Gillian Bayford disse que planeava comprar um Audi Q7 desportivo, "um carro robusto parecido comigo, que sou robusta", enquanto que, para o seu marido, mais baixo, brincou dizendo que um Mini seria o ideal.
 Os seus dois filhos, ainda pequenos, querem visitar a Disney World, mas os Bayford foram avisando que querem continuar a viver a vida de "uma família normal".
 "Estamos com os pés no chão", afirmou Gillian Bayford, acrescentando que iriam pensar com calma antes de sairem da sua modesta casa.
 Adrian Bayford, de 41 anos, disse que usaria parte do dinheiro para continuar o seu negócio da loja de música, e insistiu que continuaria atrás do balcão.
 Descrevendo o momento em que perceberam que tinham os números da sorte, Gillian lembrou que "foi simplesmente irreal - eu olhei para ele e estava um pouco pálido e pensei 'talvez esteja a dizer a verdade...'"
 A feliz vencedora disse que a perspetiva de ter ganho 148 milhões de libras (190 milhões de euros) era "um pouco assustadora, mas excitante".
 "É algo para compartilhar com outras pessoas, amigos e familiares, pessoas que nos apoiaram", disse, acrescentando querer fazer com que as pessoas sorriam, pois "há muito tempo que as pessoas mais chegadas a nós têm rostos tristes".
 Os Bayford consideram também dar algum dinheiro a instituições que apoiam crianças, já que Gillian trabalha numa enfermaria para crianças.
 Gillian Bayford afirmou que gostava de paraquedismo e que o seu marido gostaria de visitar as montanhas rochosas do Canadá, de comboio, mas o casal disse que não planeia nada de extravagante para si.
 "Eu sou escocesa e somos conhecidos por sermos sovinas", observou Gillian rindo.
 Cinco dos dez maiores 'jackpots' na história do Euromilhões foram britânicos.

Diário Digital com Lusa

domingo, 12 de agosto de 2012

Mariquices!


Não sou adepto do Benfica e, como sportinguista, não tenho gratas memórias de Luisão. Mas nessa não simpatia, que não significa antipatia ou animosidade, devo reconhecer que é um excelente atleta. Sarrafeiro, manhoso, e também um defesa seguro e que impõe respeito.
Agora, vejo imagens em que o envolvem com um árbitro alemão e não posso deixar de sorrir ao ver que Luisão apanhou pela frente um manhoso muito melhor do que ele. Nunca vi nada igual. O árbitro assinala uma falta, Luisão e outro jogador do Benfica discutem a bondade da apitadela, e até é possível que o defesa se tenha encostado a ele.
O alemão, ignorando a tradição bélica prussiana, atira-se para o chão inanimado, ou fingindo-se inanimado, o jogo pára, entram assistentes, os jogadores das duas equipas não sabem se hão-de rir se levar a coisa a sério, e a história termina minutos depois com o tipo a levantar-se, a marchar para as cabines, e o jogo anulado. Acho que Luisão, a esta hora, ainda deve estar a perguntar-se onde é que foi parido um sabidão maior do que ele. Só podia ser alemão. Do país que manda na Europa. E agora corre o risco de o homem amuar por ter posto meio estádio a rir por causa da mariquice da cena e escrever um relatório onde o jogador pode correr o risco de ser irradiado. Risco sério, diria eu.
Qualquer lusitano, nestes dias de crise, deve reverenciar os árbitros alemães. São os donos da bola e do jogo que se disputa em todos os relvados governamentais, o que quer dizer que, no petisco europeu, têm a faca e o queijo nas mãos. Ora Luisão ameaçou armar--se em grego e o árbitro desmaiou depressa. E daqui retira-se uma conclusão em jeito de metáfora: sejam árbitros de futebol, sejam da troika, quando trimestralmente vêm fiscalizar o comportamento do País face à penhora que nos está imposta, a tentativa de encosto cai mal em pano germânico.
Vítor Gaspar faz muito bem compondo aquela postura educada que não encosta em demasia, não protesta, apenas cumprimenta e de longe. É que se o hábito pega, partindo da fita do árbitro do encontro particular, não vai ser difícil ver peritos caídos pelo chão do Terreiro do Paço, inanimados, porque apitaram com defeito em qualquer das contas do orçamento de Estado que têm sobre vigilância. E se mandam terminar o jogo é uma chatice. Lá marcharemos todos para a fila da sopa do Sidónio.
Francisco Moita Flores, Professor Universitário - CM