sexta-feira, 24 de abril de 2009

A Revolução em cada um de nós!


Ninguém é sozinho!

Ninguém nasce tão pouco sozinho, se durante 9 meses, mais ou menos dependemos na íntegra de outra pessoa, depois a coisa não é muito diferente.

Mais, cada um de nós é uma espécie de multidão, um aglomerado de células, os traços fisionómicos ancestrais misturados de uma forma impar, alguns defeitos também, muitas capacidades.

Depois, muito depois aparentemente autónomos, também não o somos, não só porque não vivemos em ilhas à mercê dos elementos e da nossa vontade, do nosso espírito empreendedor, mas vivemos em grupo, alcateias, bandos, cardumes e enxames.

O ser humano será um pouco como a grande barreira de corais da Austrália, o que se supunha que fosse um conjunto de organismos é apenas um único que e estende por 345,4 mil km2, e é só um, pode sobreviver a uma pequena amputação, a algumas tempestades, à morte de algumas das suas partes, mas é ainda só um.

A espécie humana será assim também, precisamos sempre de alguém, precisamos fisicamente de outros, mesmo que saiba fabricar o meu pão, irei precisar de quem fabrique a farinha, plante o cereal…

Como tal nesta necessidade de outros, na necessidade de sermos amados, de diversas formas como filhos, como companheiros, como pais e como amigos.

Por vezes afirmamos essas necessidades de uma forma básica, animal, tentar subjugar, tentar aniquilar, neutralizar, de todas as formas.

No fundo os nossos desejos pessoais serão sempre os mesmos, ser felizes, ter abrigo, se possível com conforto, ter alimento, ser amados e amar, caso tenhamos filhos que eles sejam felizes.

Simples!

Por isso a revolução terá de começar em cada um de nós de forma interna e inequívoca.

Fazendo parte deste organismo gigantesco da humanidade, teremos de saber que cada vitória ou realização pessoal, não poderá nunca ser conquistada em cima da derrota de outro ser como nós, que não poderemos apreciar na totalidade o nosso abrigo e conforto, quando for só e exclusivamente nosso sabendo que parte do mesmo grupo que nós não o tem de todo, o nosso pão, o nosso espaço…

Teremos assim que, mantendo as características que tornam cada um de nós único, esforçarmo-nos para que cada um de nós seja igual.

Todos os dias, em todas as coisas!

“Do Blog Cheira-me a Revolução!”

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