quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Unidade Habitacional da Amoreira.



Foi inaugurada oficialmente, no passado dia 16, a Unidade Habitacional da Amoreira.
Esta Unidade Habitacional veio proporcionar condições de habitabilidade adequadas para 17 pessoas, com idades compreendidas dos 2 aos 72 anos, de seis agregados familiares.
A Unidade Habitacional é assim constituída por 6 realojamentos: dois T0, dois T2 e dois T3, divididos em 2 edifícios.
As habitações das famílias realojadas estavam numa situação de carência habitacional, com edificações com graves deficiências de solidez, segurança e/ou salubridade, manifesta exiguidade da área habitável e necessidade de realojamento devido a situação de calamidade pública (cheias de Novembro de 2006).
As 6 habitações foram construídas tendo em atenção o nível das áreas, bem como a distribuição dos compartimentos interiores e das necessidades daqueles com mobilidade física condicionada.


No edifício 1, o antigo Centro de Saúde, encontra-se um T2 e dois T3. No edifício 2, o antigo Jardim-de-Infância, encontra-se dois T0 e um T2. Ambos os edifícios compartilham um espaço comum exterior, pelo qual se acede às habitações do edifício 2,mas também de um espaço verde.

O presidente do IHRU, (Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana) Nuno Vasconcelos, esteve presente na cerimónia de inauguração e disse que este é um exemplo a seguir pelo país. O responsável destacou o facto dos técnicos conhecerem bem as pessoas carenciadas e as suas necessidades e a preocupação destas serem inseridas no meio da localidade. "Infelizmente constatamos, muitas vezes, que querem é afastá-las o mais possível do centro da cidade", disse, criticando a falta de integração que depois se registam nessas situações.

Nuno Vasconcelos enalteceu também a aposta que foi feita na reabilitação do património. Na sua opinião, a solução passa mesmo por aí, tanto mais que existem cerca de 200 mil casas a cair em Portugal e "é importante que se preservem pois são a memória do país".

A preocupação energética também não passou despercebida ao presidente do IHRU, que considera que esta preocupação não é muito usual nos autarcas.

Nuno Vasconcelos homenageou o concelho pela sua "política muito correcta" ao nível da sustentabilidade ambiental e deixou a garantia de apoio por parte do instituto a que preside. "Aos bons projectos nunca faltará financiamento", salientou.

A obra da Amoreira custou 220,8 mil euros e foi comparticipada pelo IHRU em 101,4 mil euros. Está prevista a construção de mais duas unidades habitacionais para alojar mais 26 famílias, uma na A-da-Gorda e outra no Bairro dos Arcos, junto ao centro de saúde e jardim-de-infância de Óbidos. Em A-da-Gorda os projectos de especialidade estão quase prontos e o concurso para a obra deverá ser aberto em breve, enquanto que o projecto do Bairro dos Arcos tem a arquitectura feita e algumas das especialidades.

O presidente da Câmara de Óbidos, Telmo Faria, defende que a integração social passa pela construção de habitações sociais no centro das localidades. "Os 32 fogos podiam ser todos feitos num terreno da Câmara, mas nós queremos fazer um controle, acompanhamento e apoio de pequena escala", disse. O autarca diz que "é possível apoiar agregados carenciados sem criar guetos e é possível fazer as coisas com dignidade para que as pessoas se sintam valorizadas e não estigmatizadas".

Os moradores pagam uma renda, que é variável consoante as suas posses, e o autarca deixou-lhes um apelo para que as estimem, garantindo assim a qualidade da habitação.

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