Um rebanho que pernoita ilegalmente debaixo do viaduto do
IP6, na Amoreira está a incomodar os moradores daquela localidade. A denúncia é
feita pelos moradores do Rego Travesso, que se queixam do cheiro nauseabundo
além do facto de estar a ser ocupado ilegalmente um local que é propriedade das
Estradas de Portugal.
“As crianças não
podem brincar na rua devido a esta situação, e todos os espaços envolventes,
incluindo estradas municipais, encontram-se cobertas de dejectos”, referem os
moradores. Existem ainda relatos de casos de animais que morrem e ficam
abandonados no local, até que após alguns dias “alguém se lembre de lhes dar
outro destino”.
De acordo com os
moradores esta situação remonta a finais de 2010 e existem cada vez mais
animais neste rebanho. Já foi dado conhecimento desta situação à Junta de
Freguesia da Amoreira, que enviou aos moradores a legislação em vigor, assim
como a outras entidades como a ASAE, Estradas de Portugal, Câmara de Óbidos e
forças policiais.
O assunto também já
foi levado a reuniões de Câmara pelo vereador socialista José Machado, que se
referiu ao caso como um problema social e de saúde pública.
Na reunião de 23 de
Março de 2011, José Machado alertou também para as “condições deploráveis” em
que vive o pastor que toma conta dos animais, a mando do patrão, e que não
possui “em seu poder qualquer documento que comprove a sua identidade”. Para
além disso, “consta que o trabalho deste pastor apenas tem como contrapartida
comida e tabaco, o que configura uma situação de escravidão inadmissível em
Portugal nos dias de hoje”.
O autarca declarou
ainda na altura lamentar o contraste entre excesso de zelo, por vezes, de
algumas autoridades face a cidadãos genericamente cumpridores e que haja uma
“tão grande permissividade com a situação do dono do rebanho, pessoa
conhecidamente agressiva e ameaçadora”.
A Gazeta das Caldas
contactou o destacamento territorial da GNR que informou que tem conhecimento
desta situação desde 9 de Dezembro de 2010, altura em que foi feita uma
denúncia no posto de Óbidos.
De acordo com a
responsável por este destacamento, o assunto está a ser acompanhado, aguardando
a GNR novos dados das entidades intervenientes.
in Gazeta das Caldas.
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