Há mais um "excêntrico" em Portugal. O primeiro
prémio do Euromilhões, no valor de mais de 51,6 milhões de euros, foi registado
no Café Aroma Vivo, no Largo das Dores, Póvoa de Varzim. Luciana Ribeiro não
sabe quem foi o totalista, mas, na montra, havia já um letreiro: "Saiu
aqui o 1.o Prémio do Euromilhões".
"Estamos numa zona de passagem. Vem aqui muita gente
que nem sequer é da Póvoa. Estamos próximos do tribunal e em frente ao
hospital. É impossível saber quem foi", explica a proprietária. Ao final
da tarde deste sábado, o totalista não se tinha ainda "denunciado".
No pequeno café, Luciana Ribeiro faz centenas de registos
por semana de Euromilhões, Totobola e Totoloto. Por questões de proteção de
dados, não há nomes, moradas ou telefones. Por isso, só se o novo
euromilionário disser é que se ficará a saber a quem saiu o prémio e,
"muitas vezes, as pessoas até nem ligam logo aos números". "Se
calhar amanhã [hoje], quando lerem os jornais, é que se vão dar conta."
Luciana soube, logo de manhã, que o boletim foi lá registado.
"Ligaram-me da Santa Casa a dizer e a dar instruções
sobre o que fazer caso o totalista cá viesse", conta a proprietária do
"Aroma Vivo", acrescentando que o totalista deverá dirigir-se
diretamente ao departamento de Jogos da Santa Casa, a fim de reclamar o prémio.
No "Aroma Vivo", em quatro anos sob a gestão de
Luciana Ribeiro e do companheiro, Sérgio Regado, nunca ali saiu nenhum prémio
do Euromilhões, embora já tenham saído pequenos e médios totolotos, totobolas e
raspadinhas, mas nunca acima de cinco mil euros.
Ontem o Euromilhões dominava as conversas. O corrupio de
jornalistas e as "sessões" de fotografias faziam sorrir quem passava,
curiosos sobre o vencedor.
Na zona, o último primeiro prémio do Euromilhões havia saído
em 2007, em Bagunte (Vila do Conde), a um casal. Rendeu 15 milhões e foi
"escolhida à sorte" pelo filho de três anos. Desta vez, a chave (3,
20, 23, 28, 42 e estrelas 8 e 11) resultou num único primeiro prémio.
JN
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